sábado, 15 de outubro de 2011

ruídos

Ouço tua melodia
Advinda de um violão sem cordas
E por ela sou tragada

Com tuas vestes noturnas
Me invades com conversas sem nexo
Diálogos entrecortados
Risos breves

Diante do teu beijo
Me faço tua,
mais do que me faço agora,
escrevendo o sentimento que não toca.

Ouço o acorde dos teus gemidos
Ensaiando uma melodia perversa
Falamos outra língua
Nossos cigarros têm marcas diferentes

Diante do teu desejo
Me faço nua
E para que você me possua
Basta-lhe um gesto

O tempo, lento, baila ao som de uma melodia inaudível

E eu fico aqui
Querendo te ter em particular
Longe de todo olhar
Que não o teu

terça-feira, 11 de outubro de 2011

lang-lang!

Segundona brava, dia internacional da preguiça, certo? Bah, non...

Ao invés de me deixar deslizar no sofá, de tédio da programação francesa de televisão, convidei o marido prum concerto para piano e orquestra!

Como é sempre ele quem me convida, resolvi mudar os papéis e marcar uma soirée animada por um chinês! O pianista muito, mas muito famoso, foi o escolhido. A escolha obedeceu a critérios rigorosos, como por exemplo, seu nome: LANG-LANG!

Jamais perderia um concerto com o pianista de nome gozado cuja foto sorridente e com mãozinha no queixo decora todos os corredores dos metrôs de Paris.
O saldo foi positivo: Salle Pleyel lotada, concerto bonito, Lang-Lang suado, aplausos sem fim e uma volta pra casa com a cabeça ainda mais cheia de sonhos a realizar nessa cidade doida!



domingo, 2 de outubro de 2011

contemporaneidade

que tempo mais vagabundo esse agora

que escolheram pra gente viver