quarta-feira, 25 de novembro de 2009

...

Na pirraça de te ter
Eu saquei a minha arma
Eu saquei a minha boca
Eu saquei a minha alma
Eu saquei a minha roupa
.
.
.
Mas você não sacou nada

terça-feira, 24 de novembro de 2009

ele chegou


esperava sua chegada há mais de 5 meses. sempre olhava no jornal pra ver qual seria o dia exato da colheita. dia 19, certo. as ruas ficaram plenas de gente, se empurrando nas calçadas frias com um copinho na mão. ele chegou, finalmente, mas... quanta decepção! beaujolais nouveau, o vinho do momento. provei e não gostei. ah! e nunca comprem um beaujolais que não seja do ano. é pior ainda...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

mais um ano

A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades - Nelson Rodrigues

de fernando pessoa

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo!

(mandado pela minha amiga lili, anteontem - bom pra me animar e me fazer tirar o(s) pé(s) do drama)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

o peso da saudade

Há dias vinha ensaiando entrar na farmácia da esquina pra descobrir, afinal de contas, quantos quilos tinha recebido desde minha chegada.
O espelho já não me deixava em paz, teimando em escancarar, todos os dias, o que eu vinha tentando escamotear.
Ontem resolvi entrar. Depois de me desfazer de umas 15 peças de um outono que já castiga, coloquei um pé na balança e respirei fundo. Coragem, disse-me alto.
Mas o pé que permanecia ainda no solo começou a me fazer pensar nas aventuras gastronômicas de outrora.
Sabia bem como tinha devorado potes de queijo branco com geléia de framboesa, croissants de manteiga, crepes de nutela, todos os tipos de queijo e intermináveis garrafas diárias de vinho do bom.
Fora isso, 7 meses sem ballet faziam me sentir muito empneuzada pra enfrentar uma balança.
Mas o ar de "anda logo, menina" da mulher da farmácia me fez subir com o outro pé. Quanta insensibilidade, pensei.
O papel com o resultado foi impresso. Ao lê-lo, pensei em como minha cidade me fazia falta. Pensei em como a ausência dos meus me deixava um pouco sem lugar. Pensei na falta que os meus queridos me fazem. Pensei na minha solidão, de cidade grande sem coração.
Li novamente o papel e vi que os 3 quilos e meio a mais eram a saciação de uma fome antiga. Fome de iguais.
Era o peso da saudade.

domingo, 1 de novembro de 2009

...

envelheço,
sofro.

há uma maneira de deter o tempo?