segunda-feira, 14 de março de 2011

wagner

A última experiência interessante nesta cidade foi ir à uma ópera. Mas não a uma ópera qualquer: a escolhida do dia foi Siegfried, de Richard Wagner. Para aqueles já familiarizados com sua obra, já sabem que passei toda uma tarde no Opéra Bastille. Da compra do ingresso à volta para a casa somem um total de 7 horas. Estava há dias de olho nessa montagem e queria muito passar pela experiência de "enfrentar" um Wagner em uma bela tarde de domingo de sol. E assim fez-se.
O resultado foi bom, embora estranho: a ópera, de duração de 5 horas e 10 min (contando os DOIS intervalos de 30 minutos, ufa!) foi bela, embora a montagem tenha sido uma decepção completa.
O personagem principal, que dá nome à opéra, faltou. O monstro da história faltou. O pássaro da história faltou. O cenário do primeiro ato foi sofrível, nível toalha de plástico na mesa da sala do personagem e o figurino de doer de tanto mau gosto. O diretor de cena inventou um Siegfried de calças jeans, trancinhas à la Olodum na cabeça e barriguinha à mostra. Sem contar que os dubladores dos atores fizeram suas cenas à esquerda do palco, de braços cruzados e tomando de quando em quando um golinho d'água enquanto cantavam sem muita emoção ou talento.
Bom, apesar dos percalços e das vaias da platéia logo do anúncio da "doença" dos atores, valeu a ida. E fica a dica: comprem seus ingressos para as óperas 45 minutos antes do início. Os assentos, apesar de não tão bem localizados, são a preços módicos.

Nenhum comentário: