Depois de aprovar a lei que proíbe o uso da burca em locais públicos e provocar a fúria de grupos radicais islâmicos, o governo Sarkozy acaba de fechar o cerco contra os franceses de origem estrangeira. Em defesa da identidade francesa, o governo estabeleceu critérios mais rigorosos para os possíveis candidatos a obterem a nacionalidade francesa, como entrevistas regulares para saber se o futuro francês assimilou bem a nova cultura e a nova língua. Além disso, afirmou que pessoas que desacatam policiais ou autoridades e que possuem origem estrangeira não só perderão a nacionalidade como poderão ser expulsas do país.
Um verdadeiro contrasenso para um presidente que é, ele mesmo de "origem estrangeira", filho de pai húngaro que imigrou para a França. E se ele resolver expulsar os "falsos" franceses, para onde pretende reenviá-los? E aqui estamos falando de pessoas nascidas na França, criadas na França, educadas na França e que tem nacionalidade francesa, reconhecida pelo governo francês. Ou seja, estamos falando de franceses. Mas o governo está em busca dos verdadeiros franceses, idéia que guarda um parentesco não muito longínquo com a eugenia. Existem afinal os verdadeiros franceses?
Talvez não seja à toa que os especialistas da inteligência francesa anunciaram um ataque terrorista iminente no país. Em menos de 1 mês, duas suspeitas de bomba na Torre Eiffel e mais de uma dezena em estações de metrô.
Todas falsas, é verdade. Mas o medo só aumenta...
2 comentários:
Amei!
Se blog é escrito com inteligência
Real aula de história...
Te sigo com carinho..
Abraços
Preciosa Maria
obrigada querida!
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